10/11/2014

#11 Desventuras em Série: A Gruta Gorgônea

A Gruta Gorgônea, de Lemony Snicket
Páginas: 288 | Editora: Companhia das Letras
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Vocês não acreditariam na velocidade em que devorei este livro. Faltam apenas mais dois para terminar as Desventuras em Série e já sinto uma pontinha de saudade florescendo no meu coração literário. A Gruta Gorgônea conta sobre a passagem dos irmãos Baudelaire pelo submarino Queequeg. Quando descendo desenfreadamente pelo Arroio Enamorado, com um tobogã improvisado por Violet, os três irmãos se deparam com um submarino e nele entram para não serem mortos pelos imprevistos do trajeto das águas. Lá conhecem Andarré, o capitão do submarino que fala muito apressadamente enquanto tenta dar ordens sem pé nem cabeça. O resto da tripulação é composta por Phil, que assumiu papel de cozinheiro, mas que as crianças já conheciam da Serraria Alto-Astral , e pela enteada de Andarré, Fiona, uma garota um pouco mais velha que Violet e que é uma micetologista (estuda fungos).
“... Mulheres mortas não contam histórias. Homens tristes as escrevem.” – pag. 5
Junto com seus novos três companheiros, os órfãos Baudelaire partirão em uma missão para encontrar o tal do açucareiro desaparecido e que tem sido disputado por tantas pessoas. Mesmo sem saber o que, de tão importante, se encontra dentro do açucareiro, eles se arriscam, saindo do Queequeg e adentrando uma escuridão profunda na Gruta Gorgônea, com suas roupas submarinas e seus dons preparados, os heróis descobrirão que muitas pessoas são voláteis e podem tanto estar do lado bom quanto do lado ruim e assim verão sua sorte ser mudada e remudada diversas vezes nesta aventura. É claro que o Conde Olaf continua aparecendo quando menos se espera, mas agora não se disfarça mais e já tem seu próprio submarino, o Carmelita, que funciona à base da escravidão de crianças inocentes.
“‘Aquele ou aquela que vacila está perdido.’ ... Positivo!” – página... bem... muitas páginas.
Além do inimigo que bate carteira em todos os livros, os Baudelaire encontram outro submarino muito maior e muito mais aterrorizante que consegue fazer até Olaf tremer nas bases, esse enorme pedaço de metal que aparece em momentos cruciais do livro é mais um mistério para encher nossa cabeça, mas tudo bem, agora já estou perto do desfecho dessa enorme desventura e aguardo ansiosamente para que todas as linhas soltas se amarrem com notável coerência, como eu sei que Lemony Snicket é capaz com sua criatividade. Aliás, a criatividade do autor é algo que me assusta, ele compara algo inexplicável a alguma situação que para ele, como espião, parece normal, mas para que nós é absurda e mesmo assim tudo faz sentido e tudo fica explicadinho.
“Muitas vezes é difícil admitir que alguém que você ama não é perfeito, ou considerar os aspectos menos admiráveis de uma pessoa.” – pag. 133
Algo que aparece desde o livro anterior e agora toma ainda mais forma em volta dos corações dos Baudelaire, é o amor pelo sexo oposto. Violet se apaixona por Quigley e Klaus, bom... Klaus se apaixona por alguém que ele encontra neste décimo primeiro livro e eu acredito que apesar de todas as dificuldades que essas crianças enfrentam, no final elas encontrarão um “felizes para sempre” com três pontinhos...

Um comentário:

  1. Tenho que dizer que esse parece ser um volume interessante dessa série. Uma aventura submarina? No mínimo eu diria que é inusitado.

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